O Governo colocou toda a carne no assador ao pedir ao Tribunal Constitucional que proibisse de modo preventiva a investidura de Carles Puigdemont. Era uma jogada arriscada, e o perigo se intensificou quando o Conselho de Estado decidiu que não rodovia com bons olhos a apresentação deste recurso. Apesar da falta de um parecer favorável, o Executivo, com Soraya Sáenz de Santamaría a cabeça, decidiu escoltar em frente.
O fez com um intuito claro: evitar que Puigdemont se atrincherase no Parlament. Esse era o pior dos cenários pro Governo de Mariano Rajoy. O atual presidente do Parlamento, Roger Torrent, poderia ter impedido na polícia de entrar para parar Puigdemont e, ao mesmo tempo, facilitar a sua investidura como presidente da Generalitat, conforme explicam veredas fontes do PP em Madrid e Barcelona. As mesmas fontes reconhecem que essa hipotética investidura se tivesse recorrido perante o tribunal Constitucional e, por ventura, os juízes tivessem anulado. Mas pro Governo o mal agora estaria feito, dado que por enquanto da anulação, Puigdemont seria presidente da Catalunha e tua designação teria suposto “começar novamente”, segundo apontam outras referências do PP nacional.
Mas isso não significa que o Governo ignora que a posse, prevista para esta tarde, às 15.00 horas, chegue a ocorrer. “Qualquer assunto é possível”, indicam desde o PP. A noite a opção que parecia mais plausível era a de que o Torrent se ater aos ditames do correto Constitucional e suspenda o pleno de investidura. Mas esse assunto também possui tuas desvantagens. A …